15 / 02 / 2019 - 10h20
Oito funcionários da Vale são presos em investigação sobre Brumadinho

Entre os detidos está Alexandre de Paula Campanha, que, segundo depoimento à polícia, teria pressionado funcionários da TÜV SÜD a assinar laudo de estabilidade da barragem.

Por TV Globo e Carlos Amaral, G1 Minas — Belo Horizonte

Oito funcionários da Vale foram presos na manhã de hoje pela Polícia Civil de Minas Gerais em uma operação que investiga o rompimento da barragem de Brumadinho (MG). O pedido das prisões foi feito pelo MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais). De acordo com a Promotoria, todos são diretamente envolvidos na segurança e estabilidade da barragem, que se rompeu em 25 de janeiro. Até o momento, a tragédia deixou 166 mortos e 147 desaparecidos. A barragem é de propriedade da Vale. Os funcionários alvos da operação desta sexta ficarão presos temporariamente por 30 dias, de acordo com a decisão do juiz Rodrigo Heleno Chaves, da 2ª Vara da Comarca de Brumadinho.

 

As prisões foram determinadas por haver "razões de autoria ou participação dos investigados na prática de centenas de crimes de homicídio qualificado, considerados hediondo". Eles também poderão ser responsabilizados por crimes ambientais e de falsidade ideológica. Todos os presos serão ouvidos pelo MP-MG.

Entre os presos, há quatro gerentes e quatro integrantes de equipes técnicas: Joaquim Pedro de Toledo Renzo Albieri Guimarães Carvalho Cristina Heloíza da Silva Malheiros Artur Bastos Ribeiro Alexandre de Paula Campanha Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo Hélio Márcio Lopes da Cerqueira Felipe Figueiredo Rocha Além dos mandados de prisão, a Justiça autorizou o cumprimento de mandados de busca de apreensão contra integrantes da empresa alemã Tüv Süd, que certificou a segurança da barragem para a Vale. Entre eles, estão um diretor, um gerente e dois membros da área técnica da Tüv Süd. A sede da Vale, no Rio de Janeiro, também foi alvo de busca e apreensão.

 



24 de Abril de 2024 07h:00
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