O secretário estadual de Segurança, Fábio Abreu, informou que 15 pessoas foram presas acusadas de envolvimento no assalto de R$ 15 milhões à empresa Servi-San, ocorrido em dezembro do ano passado. Segundo ele, com os presos foram recuperados R$ 500 mil dos R$ 15 milhões roubados.
Foram presos na Operação Tríade Paulista Carlos Acácio Freitas dos Santos, apontado com o líder da quadrilha; Marcelo Rabelo Rodrigues, ex-funcionário da Servi-San; José Airton Rodrigues, estudante de Direito, Eduardo da Silva Soares, o Duda, todos presos no Piauí; Cláudio Freitas dos Santos, irmão de Acácio Freitas; Jorge Tadeu Bernardo; Márcio Dantas da Silva; Eduardo Gervásio; Wallace Marques da Silva; Carlos Wellington Marques de Jesus, presos em São Paulo.
O coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Carlos César Camelo, informou que os R$ 500 mil recuperados foram apreendidos com Izabela Aparecida da Silva Santos, presa em São Paulo uma semana após o assalto a Servi-San. Ela é namorada de Carlos Wellington Marques de Jesus.
Ele disse que foi pedido o bloqueio das contas bancárias dos suspeitos, de dois carros de luxo apreendidos com a organização criminosa, que foram comprados com dinheiro do assalto à Servi-San. Os irmãos Carlos Acácio Freitas dos Santos e Cláudio Freitas dos Santos participaram, com Clismara Amorim Brito, do assalto da agência do Banco do Brasil da Procuradoria Geral do Estado, em junho de 2016.
Foram apresentadas as prisões dos acusados do assalto ao Banco do Brasil no Aeroporto de Teresina Petrônio Portella, em julho de 2016 - Gilberto Alves de Sousa Júnior, Jarbas Pereiras dos Santos e José Ivaldo Firmino de Oliveira Júnior, que foi Rei Momo do Carnaval de Teresina em 2015.
O assalto a Servi-San contou com a participação de um ex-funcionário da empresa, um estudante de Direito, totalizando 10 suspeitos entre piauienses e paulistas. A Operação Tríade, que investigou três ações criminosas, prendeu 15 pessoas. Entre os líderes, estão dois irmãos paulistas. O grupo fugiu com o dinheiro roubado usando um caminhão-baú, de Teresina a São Paulo.
Fábio Abreu informou que novas prisões dos envolvidos no assalto à empresa Servi-San ocorrerão, mas 90% das investigações estão concluídas. “Os assaltantes fizeram um estudo, pelo que nos relataram. Ao todo, foram oito meses de planejamento, abordaram ex-funcionários, que recrutaram outros suspeitos. Eles alugaram um caminhão baú e, após a ação, saíram do estado com esse caminhão até o estado de São Paulo com esses recursos roubados", informou Fábio Abreu.
As ações policiais foram realizadas concomitantemente em Teresina , Sao Luis-MA, São Paulo -SP, São José dos Campos- SP, Cotia-SP, Taboão da Serra -SP e Jacarei-SP.
Participam da Operação cerca de 100 policiais do Greco, Diretoria de Inteligência da SSP/PI, DEIC-SP e Policiais Civis do Maranhão.
Assalto começou a ser desvendado com apreensão em São Paulo
O assalto dos R$ 15 milhões da empresa Servi-San, em Teresina, começou a ser desvendado no dia 17 de dezembro do ano passado em São Paulo, quando a Polícia Militar fez a apreensão de R$ 500 mil, muita munições e fuzis, encontrados escondidos em uma casa nas na zona Norte de São Paulo.
Na época, a Polícia de São Paulo acreditava que a quadrilha roubava caixas eletrônicos e praticava roubo de cargas.
A policia paulista chegou à quadrilha que roubou através de uma denúncia anônima.
O dinheiro foi encontrado pelos policiais em cima do sofá. Foram apreendidos também rádios comunicadores, um silenciador e uma máquina de contar dinheiro.
O delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, disse que parte da organização criminosa levou cerca de R$ 15 milhões e fugiu dentro de um caminhão para outro estado.
"Os paulistas planejaram o roubo em maio de 2015 e somente em dezembro de 2016 conseguiram realizar o crime. Eles contrataram um ex-funcionário que conhecia a rotina da empresa para roubar o dinheiro. Essa pessoa junto com o integrante da quadrilha entraram na Servi-San, enquanto o restante ficou do lado de fora. Para retirar os R$ 15 milhões da empresa e depois fugir, o grupo utilizou um caminhão alugado por José Airton Rodrigues, um estudante de direito de Teresina", falou Riedel Batista.
Ele acrescentou que outra parte do dinheiro do do roubo foi dividido em contas de familiares dos suspeitos. Na tentativa de repor o valor roubado, a polícia solicitou o bloqueio das contas dos envolvidos, para os quais foram expedidos mandados de prisão temporária de 30 dias.
A Polícia Civil do Piauí descobriu que o funcionário da empresa de segurança privada Servi-San Marcelo Rabelo Rodrigues recebeu R$ 200 mil para ajudar a quadrilha a ter acesso ao cofre onde estava o dinheiro, disse o secretário estadual de Segurança Pública, Fábio Abreu.
Marcelo Rabelo Rodrigues também trabalha em uma escola da rede estadual, na qual as câmeras de segurança registraram o contato com o grupo responsável pelo assalto, sem resistência por parte do funcionário.
Segundo a Polícia Civil, isso tornou o funcionário Marcelo Rabelo Rodrigues um suspeito de colaboração com a quadrilha, além do fato dele ter entrado em contradição várias vezes, em seu depoimento.
Fonte:meionorte